Desvio de função: Monitores culturais cobram solução e não descartam paralisar as atividades

Reunidos, ontem, no Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais os monitores culturais decidiram protocolar um pedido de agendamento de reunião com o prefeito Denis Andia (PV) para que ele apresente uma solução ao problema de desvio de função reclamado pela classe há mais de um ano. Eles continuam trabalhando em sala fechada preenchendo lacuna de professores e com a responsabilidade da classe. “Não aceitamos mais conversar com a Secretaria de Educação, e se o prefeito não nos receber, vamos entrar em greve”, afirmaram. Vinte e dois monitores atuam nas escolas públicas de período integral do município.
O presidente do Sindicato, Walmir Alfredo da Silva, disse que vai protocolar hoje o pedido de reunião com o prefeito para que ele tome ciência de que o edital do concurso não está sendo cumprido. Depois a entidade levará o caso para o Ministério Público do Trabalho-MPT. A principal queixa dos monitores culturais é referente à grade que eles vêm cumprindo. “Estamos assumindo a sala de aula com os mesmos deveres do professor de educação básica. Fomos contratados como monitores culturais e pela falta de professores na rede pública, eles viram essa ‘deixa’ e foram aumentando nossas aulas”, reclamam. Segundo eles a grade só aumente e 90% da carga horária é em sala. “A secretaria de Educação alega que queremos equiparação salarial. Não é isso. Queremos trabalhar para o cargo que fomos contratados.”, afirmam.
No início de janeiro os monitores paralisaram as atividades por um dia cobrando providências da administração municipal na solução do problema de desvio de função. A mobilização aumentou nos últimos dias, depois que venceu o prazo dado pela Secretaria de Educação para apresentar uma resposta. “Tivemos reunião dia 23 inclusive junto com o Conselho Municipal de Educação o Comed, para tentar chegar a um consenso. A Secretaria colocou prazo até dia 28 de março para encontrar alternativas e amenizar a situação, mas depois nos informaram que era para esperar mais tempo porque não tinha resolvido ainda”, relataram. Em janeiro a Secretaria informou que os monitores culturais não estão em desvio de função e que estão trabalhando de acordo com as atribuições do edital do concurso público. Ontem o Diário tentou ouvir novamente a Secretaria de Educação por meio da assessoria de imprensa para se manifestar sobre a reivindicação dos monitores, mas até o fechamento desta matéria não houve retorno.